Agronegócio
Bahia e Minas Gerais encerram terceira rota do Confina Brasil 2023
19/09/2023 às 09h10
Atualizada em
Durante o período de 4 a 8 de setembro, o Confina Brasil promoveu pesquisas em confinamentos localizados nos estados da Bahia e Minas Gerais, abrangendo um total de seis fazendas que praticam produção intensiva e/ou semi-intensiva de gado de corte. Durante essas visitas, destacaram-se investimentos em infraestrutura, gestão de pessoas, compromisso com a sustentabilidade e produção de carne premium. Encerrando assim, a terceira rota da expedição

Em São Desidério (BA), pertencente ao Grupo KPS, a Fazenda Santo Inácio investiu em uma ideia de infraestrutura diferenciada, otimizando o espaço útil da fazenda e reaproveitando nutrientes tanto da lavoura quanto da pecuária. Após a etapa da recria realizada a pasto, durante a entressafra do capim, os gestores da Santo Inácio montam uma estrutura de confinamento móvel em um espaço normalmente destinado a lavoura. “A fazenda realiza uma “terceira safra”, que seria o boi. Eles levantam um confinamento temporário quando a terra não está sendo usada para o plantio, onde são alojados os bovinos até o momento do abate, depois a estrutura é desfeita para dar lugar à lavoura novamente”, conta Julia Zenatti, médica-veterinária e analista de mercado da Scot Consultoria. “O mais impressionante é a qualidade da estrutura, mesmo móvel, conta  com cochos de concreto bem alinhados, uma rua de alimentação plana e  sistema de nebulização para mitigar a poeira”, completa Julia.


Compromisso socioambiental

Na Captar Agrobusiness, há uma preocupação constante e um compromisso  diário com o bem-estar, não só dos animais, mas também dos  colaboradores. Na empresa, localizada em Luís Eduardo Magalhães (BA),  foi realizado investimento em um espaço comum para os colaboradores,  anexo ao refeitório. Nessa área recreativa, são disponibilizados  computadores e mesas para aulas teóricas ministradas em parceria com o  Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) de Luís Eduardo  Magalhães, assim como mesas de jogos e locais de descanso para os  colaboradores da fazenda. “Essa abordagem gera um incentivo diário para  os colaboradores desempenharem suas funções, visto que um ambiente  acolhedor e de conforto reflete na motivação da equipe”, conta Jayne  Costa, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria.

A  fazenda também se destaca por seu envolvimento em diversos projetos  voltados a comunidade local e pesquisas de cunho ambiental. “Por meio da  parceria com o Senar, a Captar oferece diversas oportunidades, nas  quais estudantes podem participar de um programa de ‘jovem aprendiz’,  com aulas teóricas e práticas realizadas no próprio confinamento” diz  Zenatti. “Além disso, a Captar hoje realiza uma parceria com a  prefeitura de Luís Eduardo, fazendo doação de parte do adubo orgânico  produzido na fazenda através da compostagem dos dejetos bovinos”.

Carne de qualidade

Também em Luís Eduardo Magalhães (BA), a expedição visitou o confinamento da Frilem, que é detentora de uma linha de carne especial chamada "Boi Premium". “A Frilem adquire bezerras destinadas a recria e engorda em sistema de confinamento, elas são abatidas até os 18 meses de idade com foco na produção de uma carne de qualidade superior. Essa carne é classificada como premium e comercializadas em churrascarias e boutiques de carnes da região”, conta Jayne Costa.

A rota se encerrou em São João da Ponte (MG), na fazenda do grupo Carapreta. Com capacidade estática para 70 mil bovinos, o confinamento bovino se dedica exclusivamente à criação da raça Angus – com seleção criteriosa dos animais. A carne produzida pelo grupo deve atender aos critérios de classificação da Associação Brasileira de Angus. Ainda, após o abate, além de atender às exigências da Associação, o confinamento também avalia o grau de marmoreio e acabamento de gordura das peças para atender as exigências do selo Carapreta de qualidade. 

O confinamento conta com uma estrutura surpreendente e tecnologia de ponta: ruas de alimentação asfaltadas, biodigestores, sistema de monitoramento via satélite, mais de 30 pivôs de irrigação, e muito mais.

Hoje, a Carapreta é praticamente autossuficiente, atuam de ponta a  ponta na cadeia, desde a produção dos alimentos consumidos no  confinamento até o abate dos animais, atuando não só com a produção de  bovinos de corte, mas também ovinos e caprinos, além da piscicultura. 

Fonte: Texto Comunicação- Portal do Agronegócio